segunda-feira, 12 de junho de 2017

A Guerra



Não contem aos seus pais que eu falei essa história para vocês!

Lá estava eu, no alto de um prédio mirando e atirando nos que percorriam a grande rua que
dividia casas do lado esquerdo ao direito. Estava, em plena primeira guerra mundial. Eu usava
um rifle de precisão, uma farda e capacete de acordo com o meu pais, é claro a França. O
esquadrão que sempre estava comigo desde as trincheiras até onde eu cheguei hoje estão
mortos, inclusive minha família e meus amigos. A guerra leva a destruição de países e de
famílias. Lutamos pelo bem maior (quem amamos) nosso pais.

Eu já estava me acostumando a não atirar, pois a rua era vazia, mas um dia foi diferente...

Antes que eu conte, eu não desobedeço a ordens, nem em ocasiões extremas, mas daquele
dia em diante fez com que eu mudasse o meu modo de pensar e agir sobre ordens.

O meu supervisor havia dito que se aparecesse alguém na rua, eu deveria atirar nela.

No começo achei fácil, pois ninguém andava por lá, mas uma hora alguém andaria. O pior é
que eram duas crianças de aproximadamente 8 anos, que pareciam brincar de pega-pega da
rua para a calçada. Como o prometido tinha que as matar, mas eu não sei o que deu em mim
na hora, pois eu fraquejei e decidi não atirar. Na hora eu sabia que tinha feito a escolha errada,
pois as crianças nem eram do meu país, eles eram filhos do inimigo, mas depois percebi que
mesmo as crianças lutando do lado oposto eu não deveria tirar-lhes as preciosas vidas que
causariam mais sofrimento a mim que na própria família das crianças.

Após a punição, pois não assassinei as pobres crianças inocentes que estavam a brincar,
percebi que fiz a coisa certa, não me arrependo e foi deste dia em diante meus caros netos
que eu comecei a desobedecer às ordens e seguir de acordo com o que eu achava certo

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